Quinta-feira da Segunda Semana da Quaresma
Lc 16, 19-31
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O evangelho nos apresenta de um lado a vida despreocupada do rico e de outro a existência miserável do pobre. Não há nenhuma relação entre estas pessoas, e esta ausência de relação será mais tarde sancionada por Deus: não é mais possível nenhuma relação. Estabeleceu-se entre os dois um grande abismo, abismo que não pode ser transposto.
Ao rico epulão cabem as palavras do profeta Jeremias: “Maldito o homem que se fia no homem que faz da carne a sua força, mas afasta o seu coração de Deus!”. Este pobre rico é um exemplo das pessoas que organizam a própria existência independentemente de Deus, cercando-se de todas coisas para ser feliz aqui. Pessoas assim não têm idéia nenhuma do que seja a confiança em Deus.
Esta parábola nos mostra que para confiar em Deus é necessário ser solidário com aquele que se encontra na pobreza. A verdadeira confiança em Deus sempre é acompanhada de pobreza e de solidariedade com o pobre, caso contrário não passa de confiança ilusória em Deus.
A verdadeira confiança em Deus renuncia as riquezas deste mundo: renuncia a confiança no dinheiro, nas capacidades e na saúde. É claro que ninguém deve buscar a doença para provar sua confiança em Deus, mas devemos renunciar à alegria da saúde, no sentido de que devemos colocar-nos a serviço daqueles que não têm esta alegria. Deste modo estaremos na pobreza com o pobre, com ele gritaremos a Deus e teremos confiança nele.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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