Comentário ao Evangelho – Quarta-feira da 17a semana TC – 02.08.2023

Quarta-feira da 17a semana TC

Ex 34,29-35

Moisés desce do monte com as tábuas da lei e o seu rosto está radiante. O povo evita se aproximar dele, pois é tomado de um sentimento de terror sagrado. Trata-se de um sentimento provocado pela misteriosa presença de Deus que se manifesta no rosto resplandecente de Moisés. O medo das pessoas revela a reverência que elas têm diante da presença de Deus.

Depois que Moisés desce do monte, ele chama todo o povo e lhes comunica as ordens de Deus. Depois cobre o rosto com um véu. Ele retira o véu sempre que entra para falar com Deus e o coloca de novo quando volta para o meio do povo.

Moisés é ele mesmo em pessoa o revelador de Deus. Revela Deus visual e auditivamente, pelo contágio do resplendor da Sua presença e pelas tábuas da Aliança que contêm a Sua palavra. Revestido do fulgor da presença de Deus, Moisés fala ao povo e comunica-lhe as ordens divinas. Deus que se manifesta em Moisés, porém, volta a ficar oculto, quando Moisés esconde o esplendor com o véu.

Como podemos notar, esse relato fala, ao mesmo tempo, da distância e da proximidade de Deus. Por um lado, ocorre um distanciamento de Deus pelo temor sagrado e pelo véu que cobre a face de Moisés. Por outro lado, Deus se acentua a proximidade de Deus a Moisés, e através dele, a todo o povo.

Esse relato nos recorda o evento da transfiguração do Senhor no monte.

Esse relato, por fim, nos sugere como deve ser a vida cristã: ela deve resplandecer a presença de Deus nos cristãos.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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