Comentário ao Evangelho – Quarta-feira 2a advento – 07.12.2022

Quarta-feira 2a advento

Is 40,25-31

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O profeta traz uma mensagem de perdão, reconciliação e consolação. Os exilados, porém, já sofrem há muito tempo e se demonstram céticos, limitando-se a escutar o profeta Isaías com um sorriso irônico.

Através de Isaías, Deus faz o povo saber que está ciente do ceticismo deles. Para ajudar o povo a vencer o desânimo, Deus lança mão de uma pedagogia. Primeiramente ele se apresenta como o Santo, separado de toda debilidade terrena, o transcendente. Depois disso, convida o povo a levantar os olhos e contemplar a multidão de inumeráveis estrelas que foram por Deus criadas e colocadas no firmamento. Elas foram trazidas à existência porque Deus as chamou cada uma por seu nome.

Ao fazer isso, Deus ensina o povo que as estrelas e os astros celeste não são divindades e, por isso, o povo não pode se render ao culto celestial da religião da Babilônia. O culto dos astros celestes erra porque confunde a obra com o seu criador. Deus mostra que basta abrir os olhos e observar. Olhar o céu e contemplar a beleza, a grandeza e o número infinito das estrelas não deve levar as pessoas a confundir a obra maravilhosa do Criador com o próprio Criador de tudo: “tal é a grandeza e o poder de Deus”. Ainda que belas, grandiosas e infinitas, as estrelas não se comparam com o Criador que lhes é infinitamente superior: “Quem criou tudo isto? Com quem haveis de me comparar e a quem seria eu igual?”

De fato, não há nada que se possa comparar a Deus. Deus é infinitamente superior a tudo; Ele está para além de toda criatura por maior que esta seja. Assim a ação criadora de Deus adquire um alcance de poder transformador superior a qualquer ação humana ou força da natureza.

Consequência dessa grandeza de Deus é a confiança que o povo deve ter em Deus e nas suas promessas. Deus é a rocha sobre a qual o povo pode firmar a sua esperança, pois quem tudo criou, pode também tirar o povo do exílio e salvá-lo dos opressores. De fato, quem é capaz do maior, é, com muito mais razão ainda, é capaz de realizar o menor. Com efeito, Deus “não falha nem se cansa; Ele dá coragem ao desvalido e aumenta o vigor do fraco.

Tempo do advento é tempo para firmar nossa esperança em Deus. Apesar de todos os sofrimentos e desânimos, Deus “dá coragem ao desvalido e aumenta o vigor do fraco. Os que esperam no Senhor renovam suas forças, criam asas como águias, correm sem se cansar, caminham sem parar

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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