Quarta-feira: Festa de São Simão e São Judas Tadeu, Apóstolos
Lc 6, 12-19
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A Liturgia recorda hoje dois Apóstolos quase desconhecidos.
Os Doze, símbolo do novo Povo de Deus, foram escolhidos, não com base nas suas qualidades e méritos, mas, como diz Lucas, depois de uma noite de oração, de intensa comunhão com o Pai, quase como se Jesus tivesse buscado o Espírito que seria, depois, transmitido aos chamados, fazendo deles apóstolos.
Lucas mostra-nos em numerosas ocasiões como a oração era importante para Jesus. Todas as decisões cruciais da vida de Jesus foram tomadas num contexto de oração, desde o Batismo até ao Getsêmani e à Cruz.
No episódio evangélico de hoje, podemos contemplar Jesus que passa toda a noite em oração porque está prestes a fazer uma eleição que reforçará para sempre a sua ligação com os seus discípulos. Trata-se de um empenho definitivo, porque Ele instituirá com os Doze a sua comunidade messiânica; escolherá as doze colunas sobre as quais edificará a Igreja. Por este Novo Povo de Deus e por toda a humanidade, derramará o seu sangue para o perdão dos pecados.
Os “apóstolos” – palavra que significa “enviados” – são escolhidos antes da Paixão-Morte-Ressurreição, mas só depois da Páscoa e do Pentecostes a missão deles desenvolverá todo o seu potencial, cumprindo-se plenamente. Antes disso, porém, são chamados a fim de serem formados e preparados para aquilo que os espera, quando o Mestre Se tornar presença no Espírito. A oração, portanto, revela-se como alma da missão.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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