Quarta-feira da 4ª Semana da Páscoa
Jo 12, 44-50
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O evangelho nos apresenta a abnegação como condição para a verdadeira plenitude. As palavras de Cristo são palavras de abnegação: “quem crê em mim, não crê em mim… Eu não falo por mim mesmo”. Ao mesmo tempo são palavras de plenitude divina: “Quem crê em mim, não crê em mim, mas naquele que me enviou; quem me vê, vê aquele que me mandou”. Porque se esvaziou de si mesmo, Jesus está cheio do Pai e revela o Pai; porque não faz prevalecer a si mesmo mediante suas palavras e obras, mas busca somente agradar o Pai, de fazer a obra do Pai, as palavras e obras de Jesus manifestam perfeitamente o Pai.
Esta é a lei da vida espiritual: “quem quiser vir após mim, renegue a si mesmo”; “destruída seja minha vida e a vida de Cristo seja a minha (S. Vicente Pallotti)”. Devemos continuamente nos esvaziar de nós mesmos para deixar que os sentimentos, as ideias, os planos, os gostos de Cristo sejam os nossos.
Nesta abnegação sincera encontramos a extraordinária plenitude de Deus. Poderemos assim levar aos outros a Luz de Deus, não as nossas apagadas luzes. Quem nos escutar escutará a voz de Deus e não o produto limitado de nossa inteligência embotada. A finalidade da vida espiritual é a nossa transformação em Jesus Cristo: é poder um dia dizer como Jesus: “quem me vê, vê aquele que me mandou”.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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