Quarta-feira da 3ª Semana da Quaresma
Dt 4,1.5-9
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Lei e liberdade parecem ser contraditórias. Para alguns, para ser livre é preciso se livrar da lei, pois esta limita a liberdade.
A leitura nos mostra como é insensata essa contraposição entre lei e liberdade. É exatamente para que sejamos livres, que Deus promulga a sua lei, que, no fim das contas, é lei de liberdade.
A lei torna o povo sábio e prudente. Pela Lei, o povo se sobressai em sabedoria em relação aos outros povos, porque sabe quem é, o que quer ser e para onde vai. Identidade, vocação e sentido, nisso consiste o que a sabedoria autêntica nos dá.
Além disso a Lei permite a povo estar próximo de Deus: assim o destino do povo eleito é o de caminha com Deus e para Deus. Deus é o destino de vida plena e feliz do povo.
Por fim a obediência à Lei é recomendada pela sua ligação com a memória dos acontecimentos que revelaram Deus como o salvador do povo. Assim como os acontecimentos históricos, a Lei revela que Deus busca a felicidade do seu povo. Assim a obediência à Lei é mais a memória agradecida do que mero cumprimento de ordens. Cumprindo a Lei, o povo eleito responde agradecido às intervenções históricas de Deus em favor de seu povo.
Neste tempo da quaresma, somos convidados a fazer a experiência da vontade de Deus como o fundamento da verdadeira sabedoria, como o que nos garante a comunhão de vida com Deus e o seu cumprimento como memória agradecida.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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