Comentário ao Evangelho – Quarta-feira 19/02/2020

6ª Semana do Tempo Comum – ANO A

Mc 8,22-26

 

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O milagre da cura do cego de Betsaida tem alguns detalhes que o distinguem dos outros milagres. Primeiramente é um milagre que se dá pouco a pouco, quase como se fosse mais difícil do que as outras curas. Depois, os gestos através dos quais Jesus realiza a cura parecem um pouco estranhos: coloca saliva nos olhos do cego, impõe as mãos duas vezes. Por que esse milagre parece ser mais difícil do que outras curas?

Se lermos com atenção o evangelho de Marcos, cairemos na conta de que os milagres de cura de cegos foram colocados em momentos particulares da vida de Jesus: a cura do cego de Betsaida antecede imediatamente a confissão de Pedro em Cesaréia de Filipe e a outra no fim do caminho a Jerusalém, antes de iniciar o caminho pascal. Marcos quer nos mostrar dessa forma que para sermos iluminados por Jesus é necessária a intervenção dele: não podemos conhecer (ver) Jesus sem sermos tocados por Ele; não podemos entrar no mistério de sua morte e ressurreição sem a graça especial de sua luz.

O dom da luz não se dá de uma só vez. Ele ocorre em etapas, se dá de maneira progressiva. Para sermos iluminados devemos buscar o contato com Jesus e aceitar que nossa iluminação se dê pouco a pouco.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

 

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