3ª Semana da Quaresma – ANO A
Mt5,17-19
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São Paulo escreve em relação à lei: “Cristo nos libertou para que sejamos livres; não vos deixeis, portanto, vos impor o jugo da escravidão” (Gl 5,1). Hoje Jesus nos fala que não veio abolir a lei, mas dar-lhe pleno cumprimento. Assim parece haver uma contradição: Paulo proclamou o fim da lei, e Jesus afirma o seu cumprimento em todos os detalhes.
Jesus quer nos dar a liberdade verdadeira, que consiste no viver o amor. Ora, para viver no amor é necessário aprender a obediência: nela se encontra a verdade do amor e a verdadeira liberdade. Por isso Cristo insiste em dizer que Ele não veio abolir a lei, mas dar-lhe pleno cumprimento: a verdadeira liberdade não se alcança subtraindo-se da lei, mas descendo à sua profundeza.
Estamos perto do tempo da Paixão do Senhor: é o tempo em que Jesus “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5,8), tornando-se assim homem perfeitamente livre na ressurreição. “Eu amo o Pai e faço sempre a sua vontade”: por isso Ele se dirige à Paixão e leva a cumprimento a lei através da obediência até a morte de cruz.
Ora, Jesus quer que a lei se cumpra em nós. Por isso ele mesmo a cumpre em nós com sua força. É Jesus que faz da vontade do Pai nosso alimento, assim como ela foi seu alimento. “Não aquilo que eu quero, mas aquilo que tu queres”: esta é a via cristã da verdadeira liberdade.
Ver, sentir compaixão e cuidar serão os verbos de ação que nos conduzirão no tempo quaresmal (Texto-base, CF 2020, 19).
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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