Quarta-feira na oitava da páscoa
Lc 24, 13-35
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O relato dos discípulos de Emaús é precioso para nós. Precioso porque muitas vezes corresponde aos nossos sentimentos; precioso porque é construído com a estrutura da missa.
Quantas vezes, diante do mistério de Cristo, ficamos desconcertados, tristes e nos distanciamos de Jerusalém como fizeram aqueles dois discípulos. Precisamos que Jesus nos ilumine com sua presença, que ele nos aqueça o coração com sua palavra e nos abra os olhos para que possamos voltar renovados a Jerusalém, ou seja, à nossa vida cotidiana de testemunho.
Chegamos para a missa com as nossas preocupações e dificuldades. Elas são tantas! Nosso coração se encontra pesado e fechado, o semblante sombrio como os discípulos de Emaús.
Jesus nos acolhe na Liturgia da Palavra: Ele nos explica as Escrituras. Sem a sua palavra somos cegos e não compreendemos nada. No momento, porém, em que Jesus, começando por Moisés e pelos profetas, nos explica em todas as escrituras o que se refere a Ele, os nossos corações ardem e nossos olhos são iluminados.
Depois vem a Liturgia Eucarística da missa. Jesus toma o pão e o bendiz, parte-o e o distribui. “Eis que se abriram seus olhos e o reconheceram”.
Lucas não nos narra somente um fato histórico, mas um fato que se refere a todos os cristãos e os convida a reconhecer Cristo ao partir o pão, ou seja, na Eucaristia.
A Eucaristia é o meio genial através do qual Cristo perpetua nos séculos sua doação da cruz. A cruz é o ápice da doação, do serviço, do amor que foi o sentido da vida de Jesus. Na ressurreição a doação integral e radical da cruz se eterniza e, por isso, é sempre atual na eucaristia.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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