Quarta-feira depois da Epifania
Mc 6, 45-52
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Jesus, com o pretexto de despedir o povo, obriga os discípulos a embarcar e atravessar o mar e aí os deixa sós, a noite toda até a aurora, enquanto ele fica sozinho no monte para estar em oração e na presença do Pai. A oração faz parte da missão de Jesus, não é algo dispensável.
Os discípulos experimentam a oposição dos elementos contrários à travessia e que ameaçam a vida deles. A água e o vento, a tempestade e a noite fazem os discípulos experimentarem a ausência de Jesus. Mas eles não compreendem que Jesus não está ausente. Na oração, Jesus vê os discípulos cansados de lutar contra o vento contrário e as águas agitadas. Para Jesus, a intimidade com o Pai não impede que ele esteja junto com os discípulos. O estar na presença do Pai não é o contrário da presença de Jesus entre os discípulos.
Podemos sentir que Jesus está ausente, e isso é bom na medida em que nos faz cair na conta de que sem Jesus não conseguimos fazer a travessia. Devemos, porém, também cair na conta de Jesus, por estar no Pai, está agora mais presente, mais ativo do que nunca em nossa vida. Assim deveríamos fazer: a oração não é algo dispensável na nossa vida. Buscar a intimidade com o Pai não deve ser fuga da fraternidade, pelo contrário, deve nos fazer ver os irmãos em Deus. Em Deus estamos sempre na companhia dos irmãos. Em Deus, os abraçamos, os amamos, os ajudamos.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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