Quarta-feira depois da Epifania
Mc 6,45-52
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Há uma forma acomodada de festejar o natal e a epifania: nós nos alegramos com a vinda de Cristo entre nós, ficamos contentes por estarmos juntos, ficamos satisfeitos em receber os dons de Deus. Em uma palavra: ficamos numa zona de conforto.
Os apóstolos também estavam numa zona de conforto: Jesus tinha feito o milagre da multiplicação dos pães e isso causou nas pessoas admiração e nos apóstolos grande alegria e segurança para o futuro. Tudo parecia garantido para os apóstolos. Jesus, porém, tira os apóstolos dessa zona de conforto. Jesus se manifesta aos apóstolos, provocando neles medo, ao ir ao encontro deles caminhando sobre as águas.
Os apóstolos são obrigados pela manifestação divina de Jesus a abandonar suas ideias sobre Jesus. Jesus, ao caminhar sobre as águas, mostra que os apóstolos não podem vê-lo simplesmente como um homem que lhes garante a resolução imediata de todos os problemas. Ele não é um quebra-galho a quem recorrer nos momentos de dificuldade.
Com a manifestação de Jesus, os apóstolos são obrigados a se relacionar com Ele como o Salvador e não como alguém a quem recorrer nos momentos de aperto. Jesus é o Salvador que nos conduz às coisas do alto.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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