27/11 – Terça-feira 34ª Semana TC
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
Jesus profetiza o fim e a destruição do Templo de Jerusalém. Para os judeus, a destruição do Templo representa o fim do mundo. Por isso a pergunta: quando acontecerá isso? Quais são os sinais de isso está para acontecer?
Mas a destruição de templo não é e não foi o fim do mundo. Ele foi um acontecimento histórico que não foi o fim do mundo.
Mesmo assim a destruição do Templo não é só um evento histórico. Ele tem também um significado exemplar para os cristãos de todos os tempos, também para nós que vivemos tantos anos depois da destruição de templo de Jerusalém.
A primeira coisa importante para nós é a de que Jesus não responde nada a respeito do futuro. Nós gostaríamos de saber, como os judeus daquele tempo, quando acontecerá o fim do mundo. Gostaríamos de saber como adivinhar o futuro, as datas do final. Mas, no fundo, essas perguntas e essa curiosidade são um sinal do nosso medo e da nossa falta de confiança em Jesus. Jesus nos ensina que o mundo teve seu início em Deus e para Ele caminha. O mundo terá seu fim em Deus. Assim quando ouvimos, pensamos ou falamos do fim, não falamos do término ou da destruição. O fim para o cristão é o mesmo que a finalidade e o sentido. O fim do mundo não é sua destruição, mas a sua finalidade e o seu sentido.
Por isso o evangelho de hoje nos aponta para a necessidade de nos firmar em Jesus Cristo para vencer a angústia do fim.
Outra coisa importante do evangelho de hoje é a advertência de que, mesmo estando firmados em Jesus, nós escutaremos vozes que nos dirão “sou eu”, e “o tempo está próximo”. Em tempos de crise surgem os exaltados e os espertos que se aproveitam do medo e da insegurança das pessoas. Jesus nos avisa para não ceder ao pânico e recorrer a esses exaltados nem se deixar enganar pelos aproveitadores.
Além da tentação de outros cristos, sofreremos também a dureza da guerra, do ódio na própria família, e de uma vida que parece ser inútil. Tudo isso implica que estamos travando uma batalha decisiva e que estamos vivendo o tempo que se acaba. Em meio a todas essas dificuldades, a necessidade de nos firmar em Cristo se torna ainda mais premente e urgente.
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