Comentário ao Evangelho do Dia – 23 de dezembro

23 de dezembro – 4º Domingo do Advento C

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

Maria vai apressadamente para visitar sua prima Isabel que, como tinha anunciado o anjo, estava grávida. Maria aceitou ser mãe do salvador e sua primeira reação é a de partir com pressa para visitar sua parente. O amor não tolera delongas. Maria tem a pressa do evangelizador. Ela nos ensina a ter pressa nas coisas de Deus.

Desde o início, Jesus e João Batista estão unidos! Ao receber a visita de Jesus já concebido no coração e no seio de Maria, João Batista se alegra no seio de sua mãe. A alegria do menino no ventre da mãe sintetiza toda alegria do Povo da Aliança que exulta com a vinda do Messias esperado e prometido. Também o encontro das mães acontece com o mesmo significado: o Antigo Testamento recebe o Novo Testamento; a Promessa chega ao seu Cumprimento.

Nesse encontro das mães e dos seus filhos está presente toda a história de Israel e da Igreja. Isabel exalta a grandeza de Maria.

Isabel experimentou que a concepção de João Batista é dom de Deus. Deus interveio a fim de superar a infecundidade humana. Ela conhece em seu próprio corpo que o poder de Deus pode tudo. Isabel sabe melhor do que ninguém que para Deus nada é impossível, fazendo nascer uma criança de pais idosos e estéreis. Ao elogiar Maria, Isabel reconhece que o fruto do ventre de Maria é ainda mais precioso. João Batista é, no fim das contas, fruto humano. Já a concepção de Jesus é diferente: a concepção é autenticamente divina, pois é o Espírito que age na concepção. Aquele que nasce de Maria é verdadeiramente Filho de Deus.

O louvor de Isabel exalta a fé de Maria: ela é bem-aventurada porque acreditou, isto é, permitiu que o Espírito Santo pudesse agir na sua vida. Ela é bendita entre as mulheres porque nela a fecundidade de toda a nossa história chega ao seu ápice na maternidade dessa mulher. Ela é bendita entre as mulheres, porque essa mulher é realmente “mãe do meu Senhor”, porque o que nasce dela é o Verbo de Deus encarnado.

Por isso, Isabel proclama: “bendito é o fruto do teu ventre”. Aqui começa o mundo novo, nascido pela graça de Deus.

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