(08 de outubro – segunda-feira da 27ª semana TC)
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
Prestemos atenção num detalhe: o doutor da lei perguntou a Jesus: quem é o meu próximo. E Jesus inverte a pergunta, depois de ter contado a parábola do bom samaritano: quem foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos assaltantes?
Esse detalhe não é um detalhe banal. É de suma importância, porque demonstra que Jesus quer uma mudança radical de comportamento. O discípulo de Jesus não deve se perguntar quem é o próximo a quem deve amar, porque essa atitude leva a excluir pessoas do amor (a esse, que é meu próximo, devo amor. Ao outro, que não é meu próximo, eu estou dispensado de amar).
A pergunta que o discípulo de Jesus faz é outra: quem são os necessitados de quem eu devo me aproximar. Quem são aqueles dos quais devo me aproximar?
A questão, portanto, não é a de saber quem é o próximo. A questão fundamental é identificar os que estão distantes, ou seja, quem são aqueles que ainda não amo bastante e que devo incluir no meu amor.
Faze isso e viverás. Quem assim fizer viverá a vida de Cristo. Ele foi quem se aproximou de nós quando éramos seus inimigos. Jesus não se apegou ciosamente à sua igualdade com Deus. Ele se esvazio de si mesmo e assumiu a nossa condição. Ele se aproximou da humanidade caída à beira do caminho, caída no pecado e na rejeição de Deus. Faze isso e viverá!