Sexta-feira da 13ª Semana TC
Gn 23,1-4.19; 241-8.62-67
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A história de Abraão, Pai na fé, continua. E continua com a realização de mais uma promessa que Deus tinha feito a Abraão: a promessa da terra. É extraordinário que o cumprimento da promessa de Deus tenha demorado tanto e como o seu início foi humilde.
Com a morte da esposa Sara, Abraão precisa tomar providências para que ela não seja sepultada em terra estrangeira.
Abraão era um conhecido estrangeiro e, como tal, não tinha direito nenhum na terra de Canaã. Ele se apresenta a uma família de hititas para adquirir uma propriedade e assim poder sepultar sua esposa falecida. Segundo as práticas jurídicas antigas, quem possuía uma sepultura como propriedade, possuía um terreno e se tornava assim habitante do país. Com efeito, o estrangeiro não podia possuir terrenos. Por isso, a venda do terreno era também uma questão que envolvia toda a comunidade e devia ser aprovada por um Conselho.
Com a compra de uma propriedade no campo de Macpela, Abraão deixa de ser um estrangeiro e passa a ser um proprietário com todos os direitos dessa sua nova condição. É uma pequena propriedade na terra, mas é o início do cumprimento da promessa divina feita a Abraão de receber a terra prometida. Trata-se de uma primícias de posse dos patriarcas na terra. É um penhor em que já se encontra significada a realização total. Assim, os patriarcas saídos de Ur e de Harã começam a ocupar a terra prometida ainda que seja um campo minúsculo.
Sempre pensamos que o cumprimento de uma promessa divina deva ser imediato e grandioso. A história de Abraão, nosso pai na fé, nos mostra como as promessas divinas começam de maneira muito humilde e sempre exigem a fé como a de Abraão que soube esperar as demoras de Deus.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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