A Palavra do Pastor: Assistir os doentes

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Jesus passava muito tempo com os doentes, ajudando-os e curando-os. Muitas vezes, Ele mesmo visitou os doentes, e muitíssimos deles iam ao seu encontro. Jesus quis que os apóstolos fizessem o mesmo e transmitiu a eles o poder de curar doentes. Esse poder sanador brota da oração e da proximidade afetuosa e concreta com os enfermos.

Comovido com tantos sofrimentos, Cristo não apenas se deixa tocar pelos doentes, mas assume suas misérias. Não curou todos os enfermos. Suas curas eram sinais da vinda do Reino de Deus. Anunciavam uma cura mais radical: a vitória sobre o pecado e a morte por sua páscoa. Na cruz, Cristo tomou sobre si todo o peso do mal e tirou o “pecado do mundo” (Jo 1,29) (CatIgCat).

Jesus deu esta ordem para os seus discípulos: Curai os enfermos! (Mt 10,8). Esta missão, a Igreja a recebeu do Senhor e esforça-se por cumpri-la tanto pelos cuidados aos doentes como pela oração de intercessão com que os acompanha.

O amor aos doentes empenha em primeiro lugar os familiares. Apoiar os familiares no cuidado de seus doentes, rezar por eles, ajudá-los a não abandonar os pais e os parentes idosos é estar próximo de Jesus.

Muitas vezes, nas próprias comunidades cristãs pode haver descuido dos doentes nos hospitais ou nas casas. Quantos idosos foram abandonados nessas “casas de repouso”! É urgente uma inversão de tendência: devemos investir mais tempo na visita aos doentes e criar mais ocasiões para rezar por eles.

Além disso, a Igreja acompanha os doentes com o Sacramento da Unção. Pela Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Este sacramento exorta os doentes a que livremente se associem à paixão e morte de Cristo e contribuam para o bem do povo de Deus. Assim o enfermo não é somente suportado, ajudado e compadecido, mas permanece protagonista da evangelização. Ele pode desempenhar, pela sua união com Cristo sofredor, um apostolado precioso para a Igreja e para o mundo.

Pela unção dos enfermos, os doentes se associam livremente à paixão e à morte de Cristo, contribuem para o bem do povo de Deus. A Igreja, na comunhão dos santos, intercede pelo bem do enfermo, e este contribui para a santificação da Igreja e para o bem de todos pelos quais a Igreja sofre e se oferece, por Cristo, a Deus Pai.

São três as unções que estão no início, no crescimento e na consumação da vida cristã. A unção do Batismo selou em nós a nova vida; a unção da confirmação nos fortificou para o combate desta vida; a última unção fortalece o fim de nossa vida terrestre como que de um sólido baluarte para enfrentar as últimas lutas antes da entrada na casa do Pai.

A enfermidade pode levar a pessoa à angústia, a fechar-se sobre si mesma, e à vezes até ao desespero e à revolta contra Deus. Mas a doença também pode tornar a pessoa mais madura, ajudá-la a discernir em sua vida o que não é essencial, para voltar-se àquilo que é essencial. Muitas vezes, a doença provoca uma busca de Deus, um retorno a ele.

O amor de predileção de Jesus Cristo pelos enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção toda especial dos cristãos para com todos os que sofrem no corpo e na alma. Esse amor está na origem dos incansáveis esforços para aliviá-los (CatIgCat).

Dentre esses esforços da Igreja em aliviar os sofrimentos dos enfermos está a fundação e a administração de tantos hospitais e estruturas sanitárias para o atendimento dos mais pobres. Em sua história bimilenar a Igreja sempre se prodigalizou cuidar dos doentes construindo e mantendo hospitais. Não se trata de “responsabilidade social”, não se trata de estratégia ou de marketing religioso. Trata-se da exteriorização concreta da fé cristã, da continuação histórica da ação sanadora de Jesus Cristo. Por isso, a Arquidiocese de Sorocaba decidiu assumir de novo a administração da Santa Casa de Misericórdia.

Por: Dom Julio Endi Akamine, SAC

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